Os Elfos e o Sapateiro
Um sapateiro ficou tão pobre que não lhe restava nada além de couro para um par de sapatos. Assim, à noite, ele cortou os sap...
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Photo credits: MI PHAM on Unsplash.
José, Carolina e Lídia estão a brincar aos piratas no parque infantil. Quando Lídia vai a subir para a vigia, Carolina sobe também. Lídia vai de encontro a Carolina, que cai no chão, quase em cima dos pés de José. José assusta-se mas Carolina fica furiosa com os dois piratas e começa imediatamente a bater-lhes.
Para - diz a Professora Marina - Porque é que estás a bater, Carolina?
Aqueles palermas empurraram-me!
Então a Professora Marina diz-lhe:
Primeiro, acalma-te, Carolina. Acho que tudo não passou de um grande susto.
Não, não! Aqueles palermas empurraram-me!
Carolina está fora de si. Começa a berrar e quer atirar-se para o chão. A Professora Marina leva-a então para o lado. Ao fim de algum tempo, Carolina acaba por acalmar-se.
A Professora Marina toca o tambor para reunir todas as crianças. Lídia e José são os primeiros a sentar-se na roda. Depois do que se passou, perderam a vontade de brincar aos piratas.
Como é que vocês se sentem quando são empurrados? - pergunta a Professora Marina.
Zangado! Magoado! Triste! Furiosa! - gritam as crianças.
Sim, compreendo. Às vezes é mesmo uma maldade sermos empurrados. Mas a Lídia fez de propósito? Empurrou a Carolina de propósito?
Talvez, mas, pensando bem, não! - diz Antônio, que viu o que aconteceu.
Isto muda a vossa maneira de ver?
Assim já não é tão mau - diz Ana.
Pode acontecer a qualquer um, né? - diz Rafael.
Exatamente - diz a Professora Marina - Muitas vezes, é bom pensar como é que aconteceu ao certo a situação que nos deixou tão furiosos. Por vezes, temos de pensar em conjunto para a compreender.
E a Professora Marina continua:
Então, porque é que não é bom que a Carolina se enfureça e comece logo a bater?
Ah, porque depois há uma briga. O outro defende-se e responde da mesma maneira - diz Emílio, que se levanta e dá uns socos no ar.
Mas nem era preciso - diz Ana - porque o empurrão foi sem querer.
Precisamente por isso - continua a Professora Marina - é que temos primeiro de nos acalmar e não começar logo a bater nos outros. Inspirar, expirar, contar até três.
A Professora Marina olha em redor.
Raciocinando: o empurrão foi sem querer? Então, podemos dizer: olha, não gosto que me empurrem!
Desculpa - murmura Lídia, olhando para Carolina.
Exatamente! - exclama a Professora Marina - Então, quem empurrou sem querer pode pedir desculpa! E o outro, o que faz?
Pode estender-lhe a mão - sugere Emílio.
Ou pode olhar - diz Rafael.
Ou pode dizer "Tudo bem, não faz mal" - diz Emílio.
Carolina, Lídia e José olham uns para os outros.
Agora riem os três e acenam com a cabeça, porque compreenderam!
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