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Quando nos empurram

Tempo Leitura
5 min.
Idade indicativa
até 4 anos
Categorias
Educativa
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Crianças brincando, se puxando e se empurrando

Photo credits: MI PHAM on Unsplash.

José, Carolina e Lídia estão a brincar aos piratas no parque infantil. Quando Lídia vai a subir para a vigia, Carolina sobe também. Lídia vai de encontro a Carolina, que cai no chão, quase em cima dos pés de José. José assusta-se mas Carolina fica furiosa com os dois piratas e começa imediatamente a bater-lhes.

Para - diz a Professora Marina - Porque é que estás a bater, Carolina?Aqueles palermas empurraram-me!

Então a Professora Marina diz-lhe:

Primeiro, acalma-te, Carolina. Acho que tudo não passou de um grande susto.Não, não! Aqueles palermas empurraram-me!

Carolina está fora de si. Começa a berrar e quer atirar-se para o chão. A Professora Marina leva-a então para o lado. Ao fim de algum tempo, Carolina acaba por acalmar-se.

A Professora Marina toca o tambor para reunir todas as crianças. Lídia e José são os primeiros a sentar-se na roda. Depois do que se passou, perderam a vontade de brincar aos piratas.

Como é que vocês se sentem quando são empurrados? - pergunta a Professora Marina.Zangado! Magoado! Triste! Furiosa! - gritam as crianças.Sim, compreendo. Às vezes é mesmo uma maldade sermos empurrados. Mas a Lídia fez de propósito? Empurrou a Carolina de propósito?Talvez, mas, pensando bem, não! - diz Antônio, que viu o que aconteceu.Isto muda a vossa maneira de ver?Assim já não é tão mau - diz Ana.Pode acontecer a qualquer um, né? - diz Rafael.Exatamente - diz a Professora Marina - Muitas vezes, é bom pensar como é que aconteceu ao certo a situação que nos deixou tão furiosos. Por vezes, temos de pensar em conjunto para a compreender.

E a Professora Marina continua:

Então, porque é que não é bom que a Carolina se enfureça e comece logo a bater?Ah, porque depois há uma briga. O outro defende-se e responde da mesma maneira - diz Emílio, que se levanta e dá uns socos no ar.Mas nem era preciso - diz Ana - porque o empurrão foi sem querer.Precisamente por isso - continua a Professora Marina - é que temos primeiro de nos acalmar e não começar logo a bater nos outros. Inspirar, expirar, contar até três.

A Professora Marina olha em redor.

Raciocinando: o empurrão foi sem querer? Então, podemos dizer: olha, não gosto que me empurrem!Desculpa - murmura Lídia, olhando para Carolina.Exatamente! - exclama a Professora Marina - Então, quem empurrou sem querer pode pedir desculpa! E o outro, o que faz?Pode estender-lhe a mão - sugere Emílio.Ou pode olhar - diz Rafael.Ou pode dizer "Tudo bem, não faz mal" - diz Emílio.

Carolina, Lídia e José olham uns para os outros.

Agora riem os três e acenam com a cabeça, porque compreenderam!

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